21/Aug/2025
Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta terça-feira (20/08) na Bolsa de Chicago. O mercado foi influenciado em parte pelo recuo do dólar ante o Real e pelo fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do cereal ganhou 0,75 cent (0,19%), e fechou a US$ 4,04 por bushel. A boa demanda pelo grão norte-americano também deu algum suporte aos preços.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 225.741 toneladas de milho com entrega em 2025/2026, sendo 125.741 toneladas para o México e 100.000 toneladas para a Colômbia. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos vieram dentro das expectativas do mercado. De acordo com a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 1,072 milhão de barris por dia na semana encerrada em 15 de agosto. Os estoques de etanol somaram 22,7 milhões de barris. Relatos de campo da expedição de safra Pro Farmer Crop Tour impediram uma alta mais expressiva das cotações.
Em Indiana, a Pro Farmer estimou a produtividade média do milho em 12,16 toneladas por hectare, avanço de 3,35% ante a projeção de um ano atrás. Na comparação com a média dos três anos anteriores, o rendimento médio das lavouras é 6,44% superior. Para o Nebraska, a estimativa de rendimento para o milho ficou em 11,26 toneladas por hectare, 3,61% maior na comparação anual e 7,92% acima da média dos últimos três anos. Apesar dos sinais positivos, alguns participantes da expedição ainda estão céticos quanto à estimativa de rendimento do USDA. Para obter esses números de rendimento é preciso uniformidade, mas tem havido variabilidade.