19/Aug/2025

Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta segunda-feira (18/08) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados por relatos de campo sobre a safra de milho nos Estados Unidos. De acordo com participantes da Pro Farmer Crop Tour, alguns locais como o condado de Jay, em Indiana, apresentam solos rachados e sem umidade próxima à superfície. Também foram observados problemas de polinização e baixa contagem de espigas de milho no oeste de Ohio, enquanto produtores locais disseram que as chuvas têm sido escassas nas últimas semanas. O vencimento dezembro do cereal ganhou 1,25 cent (0,31%), e fechou a US$ 4,06 por bushel.

No leste de Indiana, participantes relataram sinais de tip back (um fenômeno em que as espigas de milho apresentam uma área morta perto da extremidade). Isso é um indicativo de estresse térmico nas lavouras de milho. Isso se deve a temperaturas elevadas durante a noite, o que impede as plantas de milho de se recuperarem. Muitos traders estão questionando as projeções otimistas de rendimento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e esperando possíveis revisões, à medida que os resultados das expedições de safra forem sendo divulgados. A alta foi limitada pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil.

Na semana passada, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) afirmou que o Brasil deverá embarcar 7,97 milhões de toneladas de milho em agosto, aumento de 24,1% frente a igual mês do ano passado. A colheita de milho da 2ª safra de 2025 atingiu 94% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil no dia 14 de agosto, segundo levantamento da AgRural. Na semana anterior, a colheita estava em 88%, e em igual período do ano passado, já havia chegado ao fim. Dados de exportação dos EUA também impediram uma alta mais acentuada. Segundo o USDA, 1,05 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 14 de agosto, queda de 31% ante a semana anterior.