18/Aug/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (15/08) na Bolsa de Chicago, refletindo a forte demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 2,048 milhões de toneladas de milho da safra 2025/2026, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 7 de julho. Além disso, exportadores relataram vendas de 136 mil toneladas de milho para a Coreia do Sul e 132 mil toneladas para a Espanha, com entrega em 2025/2026. Segundo a StoneX, os baixos preços do milho dos Estados Unidos estão atraindo compradores, e alguns traders também cobriram posições vendidas. O vencimento dezembro do grão subiu 8,00 cents (2,01%), e fechou a US$ 4,05 por bushel. Na semana passada, ficou praticamente estável.
Essa forte demanda pelo milho dos Estados Unidos, no entanto, não deve ser suficiente para contrabalançar a safra recorde do país, estimada pelo USDA em 425,26 milhões de toneladas. Participantes de uma expedição de safra da AgResource disseram que as lavouras em Iowa estão se desenvolvendo bem, com pouca necessidade adicional de água, e que os campos observados corroboram a projeção do USDA de safra recorde. Não há nenhum problema significativo de polinização com o milho. Em Illinois, as lavouras também estão em boas condições. Porém, muitos traders estão questionando as projeções otimistas de rendimento e esperando possíveis revisões à medida que os resultados das próximas expedições de safra forem sendo divulgados.
O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte às cotações. Nas últimas semanas, a entrada da safra do Brasil no mercado de exportação tem pressionado o mercado. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 7,97 milhões de toneladas de milho em agosto, aumento de 24,1% frente a igual mês do ano passado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou na quinta sua estimativa para a produção total do Brasil, de 131,97 milhões de toneladas para 137,01 milhões de toneladas. O novo volume é recorde e representa aumento de 18,6% ante o ano passado (115,50 milhões de toneladas). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.