13/Aug/2025

Os futuros de milho fecharam em queda expressiva nesta terça-feira (12/08) na Bolsa de Chicago, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter projetado uma safra ainda maior do que já se esperava no país. Em seu relatório de oferta e demanda, a agência aumentou significativamente sua projeção de colheita, de 398,93 milhões de toneladas para 425,26 milhões de toneladas. A área plantada passou de 38,53 milhões de hectares para 39,38 milhões de hectares, enquanto a produtividade foi elevada de 11,36 para 11,85 toneladas por hectare.

O vencimento dezembro do grão caiu 13,25 cents (3,25%), e fechou a US$ 3,94 por bushel. A projeção de estoques finais no país passou de 42,17 milhões para 53,77 milhões de toneladas. A entrada do milho brasileiro no mercado de exportação foi outro fator baixista para os preços. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 7,97 milhões de toneladas do grão em agosto, aumento de 24,1% frente a igual mês do ano passado, refletindo a intensificação da janela de exportação da 2ª safra de 2025.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da segunda safra alcançou 83,7% da área no dia 10 de agosto, avanço de 8,5% em comparação com a semana anterior. Em relação a igual período da safra 2023/2024, quando 94,7% da área havia sido colhida, há atraso de 11%. A forte demanda pelo milho produzido nos Estados Unidos, porém, continua dando algum suporte às cotações. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 315.488 toneladas de milho para o México, sendo 20.830 toneladas com entrega em 2024/2025 e 294.658 toneladas, em 2025/2026.