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13/Aug/2025

Exportação brasileira de milho precisa ganhar ritmo

Segundo o Itaú BBA, a exportação de milho do Brasil precisa acelerar para atingir a projeção de 42 milhões de toneladas no ano comercial 2025/2026 (fevereiro/2025 a janeiro/2026). Até agosto, apenas 11 milhões de toneladas estavam comprometidas, enquanto a comercialização da safra 2024/2025 continua lenta, com 43% negociado ante 50% no mesmo período do ciclo anterior. A colheita da 2ª safra de 2025 atingiu 75% da área nacional no início de agosto, com Mato Grosso praticamente finalizado (95%). Piauí (92%), Paraná (65%) e Goiás (60%) também avançam para a reta final, embora alguns Estados, como São Paulo e Goiás, apresentem atraso em relação à média histórica. Os preços seguem sob pressão. Em julho, o milho recuou 5,5% na Bolsa de Chicago, para US$ 4,08 por bushel, marcando a terceira queda mensal consecutiva e acumulando baixa de 14% em 2025.

No Brasil, o grão caiu 3% em Sorriso (MT), para R$ 41,90 por saca de 60 Kg, retração de 39% desde abril, quando atingiu o pico do ano. A safra é muito grande e ainda há muito para comercializar. Isso, somado à grande oferta norte-americana que está chegando, pode trazer pressão adicional às cotações, sendo essencial a gestão de risco por parte do produtor. Nos Estados Unidos, 73% das lavouras estão em condição boa e excelente, melhor índice dos últimos cinco anos para a época. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizou a estimativa de safra nesta terça-feira (12/08), para 425,26 milhões de toneladas. O governo norte-americano também anunciou acordos comerciais com Japão e União Europeia, que podem ampliar a demanda de exportação do país. Com a grande produção norte-americana, somente um incremento da demanda poderia trazer algum viés de recuperação para os preços na Bolsa de Chicago.

O cenário externo adiciona desafios às exportações brasileiras, com a redução permanente da alíquota de exportação (retenciones) da Argentina de 12% para 9,3% e boa colheita na Ucrânia. O lineup de agosto indica apenas 4 milhões de toneladas programadas para embarque. O ritmo lento de vendas no Brasil mantém armazéns e silos cheios, e há relatos de milho armazenado a céu aberto em Mato Grosso. Caso os embarques não acelerem nas próximas semanas, os estoques de passagem podem superar o projetado para o fechamento da safra 2024/2025. O balanço global indica estoque final de 282.54 milhões de toneladas em 2025/2026, com produção mundial estimada em 1.288,58 bilhão de toneladas. A produção norte-americana deve crescer sobre o ciclo anterior, para 425,26 milhões de toneladas, enquanto o Brasil mantém estimativa de 131 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.