12/Aug/2025

Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (11/08) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados por um movimento de cobertura de posições vendidas, após o mercado ter acumulado perda de 1,28% na semana passada. Relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos seguiam apostando fortemente na queda dos preços do grão na Bolsa de Chicago. A posição líquida vendida desses participantes diminuiu 10% na semana até 5 de agosto, mas continuava expressiva, em 135.846 lotes.

O vencimento dezembro do grão subiu 2,25 cents (0,55%), e fechou a US$ 4,07 por bushel. Dados de exportação dos Estados Unidos também deram algum suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,49 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana até 7 de agosto, aumento de 16,13% ante a semana anterior. A perspectiva de uma safra recorde nos Estados Unidos, porém, ainda pesa sobre os contratos. De acordo com analistas, O USDA deve aumentar sua estimativa de produção, de 398,93 milhões de toneladas para 406,17 milhões de toneladas.

A produtividade deve passar de 11,36 para 11,57 toneladas por hectare. A entrada do milho brasileiro no mercado de exportação foi outro fator de pressão para as cotações. Levantamento da AgRural mostrou que a colheita da 2ª safra de 2025 atingiu no dia 7 de agosto 88% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, em comparação com 81% na semana anterior e 97% um ano atrás. Mato Grosso lidera e, mesmo na reta final dos trabalhos, as produtividades continuam excepcionais. Nos demais Estados, as máquinas avançam rapidamente. A expectativa é de que as áreas mais tardias encerrem a colheita até o dia 20 de agosto.