06/Aug/2025
O mercado de milho mantém comportamento lateralizado no Brasil, com preços futuros oscilando dentro de faixa estreita e negociações físicas pontuais. A entrada constante da 2ª safra de 2025 não é suficiente para gerar pressão agressiva, diante da decisão do produtor de reter o grão. O mercado brasileiro está muito lento. O produtor está segurando a oferta, entregando apenas contratos antigos e esperando preços mais elevados.
Os prêmios de exportação estão estáveis e o milho segue em segundo plano nas negociações, atrás da soja. Apesar da colheita em andamento e do bom volume de milho no campo, os embarques estão sendo realizados com base em contratos antigos. O mercado não mostra fôlego e gira pouco milho novo. Na prática, a disputa logística e a demanda externa concentrada na soja reduzem a competitividade do cereal brasileiro. O movimento continua travado nas negociações spot.
Em São Paulo, na região de Campinas, o milho mantém liquidez reduzida. O avanço nos custos logísticos compromete a conta na exportação: as indicações CIF Porto de Santos variam entre R$ 65,00 e R$ 67,00 por saca de 60 Kg, para embarque imediato e pagamento à vista ou até 15 de setembro, mas sem avanço de negócios. O frete subiu e a conta piorou. No FOB, o preço está caindo. No mercado doméstico, há registro de negócio pontual a R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB Campinas, para retirada imediata e pagamento curto. Há produtores indicando entre R$ 60,00 e R$ 62,00 por saca de 60 Kg, sem compradores dispostos a pagar. Para o milho 2025/2026, as indicações são de R$ 52,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos em fevereiro, com demanda enfraquecida.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado registra baixa liquidez. O foco dos produtores segue no cumprimento de contratos antecipados, enquanto a colheita da 2ª safra de 2025 avança devagar devido às chuvas dos últimos dias. Os compradores indicam entre R$ 50,00 e R$ 51,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em até 30 dias, mas sem atratividade para o vendedor. No mercado futuro, o milho 2025/2026 permanece sem liquidez, com compradores ausentes e vendedores retraídos.