05/Aug/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (04/08) na Bolsa de Chicago, com a boa condição das lavouras nos Estados Unidos e a perspectiva de uma safra recorde no país, de mais de 400 milhões de toneladas. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 73% das lavouras estavam em condição boa ou excelente, uma piora de 1% ante a semana anterior. Apesar da deterioração, os índices atuais continuam bem acima do registrado no mesmo período do ano passado (68%). Além disso, o percentual atual permanece sendo o melhor desde a temporada 2016/2017.
O vencimento novembro da oleaginosa recuou 3,75 cents (0,91%), e fechou a US$ 4,07 por bushel. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também pesou sobre as cotações. De acordo com levantamento da AgRural, 81% da área cultivada com milho na 2ª safra de 2025 estava colhida no Centro-Sul do Brasil, até quinta-feira o dia 31 de julho, em comparação com 68% uma semana antes e 95% um ano atrás. Com a redução das chuvas em regiões que vinham mais úmidas e mais áreas prontas para colher, os produtores deram impulso aos trabalhos, que devem continuar em ritmo intenso nos próximos dias.
Apesar dos baixos preços verificados nos últimos dias, traders continuam apostando fortemente na queda das cotações. Relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos aumentaram levemente sua posição líquida vendida em milho na semana até 29 de julho, de 150.763 para 150.944 lotes. O USDA informou que 1,208 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 31 de julho, baixa de 21,2% ante a semana anterior. Apesar da queda, o número foi expressivo e veio dentro das expectativas do mercado.