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05/Aug/2025

Projeção da safra brasileira de milho em 2025/2026

De acordo com o primeiro levantamento da Céleres sobre a safra de milho 2025/2026, a produção total deve atingir 148,4 milhões de toneladas no Brasil, crescimento de 0,6% em relação ao ciclo anterior. A área total deve subir 2%, para 23,7 milhões de hectares, enquanto a produtividade média nacional foi projetada em 6.260 Kg por hectare, recuo de 1,4%. A área de milho na safra de verão (1ª safra 2025/2026) deve apresentar leve redução (100 mil hectares, -2,4%) em 2025/2026, diante da perda de competitividade com as culturas concorrentes, especialmente a soja na Região Sul. Para 2ª safra de 2026, a expectativa inicial é de continuidade no crescimento de área. Com um avanço esperado de 500 mil hectares (+2,7%), a área deve totalizar 18,8 milhões de hectares.

A safra de verão (1ª safra 2025/2026) deve ocupar 4,2 milhões de hectares, com produção de 25,9 milhões de toneladas, enquanto a 2ª safra de 2026, responsável pela maior parte da produção, 18,8 milhões de hectares, com colheita estimada em 120,1 milhões de toneladas. A Região Centro-Oeste mantém liderança na produção nacional, com área de 12,4 milhões de hectares (+2,9%) e produção de 87,8 milhões de toneladas (+2,1%). Mato Grosso segue como principal Estado produtor, com 7,7 milhões de hectares (+3,0%) e produção estimada em 57,9 milhões de toneladas (+3,5%). Mato Grosso do Sul apresenta área de 2,3 milhões de hectares (+2,8%) e produção de 14,0 milhões de toneladas (+11,0%), impulsionada pelo avanço de 8,0% na produtividade, para 6.073 Kg por hectare.

Goiás deve plantar 2,2 milhões de hectares (+2,6%) e produzir 15,1 milhões de toneladas (-8,9%). A Região Sul deve reduzir a área em 1,4%, para 4,1 milhões de hectares, com produção de 25,2 milhões de toneladas (-5,7%). O Paraná deve cultivar 3,1 milhões de hectares (+0,3%) e produzir 18,6 milhões de toneladas (-7,5%), enquanto o Rio Grande do Sul projeta 728 mil hectares (-6,0%) e produção de 4,0 milhões de toneladas (+1,3%). Na Região Nordeste, a área deve crescer 1,9%, para 3,2 milhões de hectares, com produção de 12,9 milhões de toneladas (+4,2%). O Maranhão lidera com 699 mil hectares (+4,9%) e produção de 4,2 milhões de toneladas (+8,5%). O consumo para etanol deve atingir 25,1 milhões de toneladas (+10,6%), impulsionado pelo aumento no mix de etanol anidro.

As exportações foram projetadas em 51 milhões de toneladas (+6,3%), enquanto a demanda total deve alcançar 149,4 milhões de toneladas. No lado da demanda, o protagonismo do Brasil nas exportações de proteína animal e o cenário atual de preços do cereal fortalece a demanda do cereal para ração animal (59,9 milhões de toneladas, 2,7% acima do ano passado). O estoque final foi estimado em 16,4 milhões de toneladas, praticamente estável em relação aos 16,5 milhões da safra anterior. Apesar do recuo recente e relevante dos preços de milho nos últimos dois meses, um olhar para o ciclo 2025/2026 mostra estoques levemente menores em relação à safra atual, o que pode sugerir capacidade de estabilidade nas cotações de preços locais ao longo de 2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.