04/Aug/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (1º/08) na Bolsa de Chicago, refletindo a boa condição das lavouras nos Estados Unidos e a perspectiva de uma safra recorde no país. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 73% das lavouras estavam em condição boa ou excelente no dia 27 de julho, uma piora de 1% ante a semana anterior. Apesar da deterioração, os índices atuais continuam bem acima do registrado no mesmo período do ano passado (68%). Além disso, o percentual atual permanece sendo o melhor desde a temporada 2016/2017.
O vencimento dezembro do grão recuou 3,00 cents (0,73%), e fechou a US$ 4,10 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 1,97%. Dos estados do Meio Oeste dos Estados Unidos, apenas Dakota do Norte e Nebraska possuem grandes áreas afetadas pela estiagem, de acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos. No restante do cinturão do milho, a seca é praticamente inexistente, tornando mais provável a previsão do USDA de safra recorde este ano. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pressionou as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Uma maior estimativa para a safra da Ucrânia foi outro fator baixista para os preços. A SovEcon ampliou sua previsão em 2,1 milhões de toneladas, para 30,4 milhões de toneladas. As perdas foram limitadas pelo recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas do Brasil. A boa demanda pelo grão dos Estados Unidos também impediu uma queda mais acentuada dos preços. O USDA informou que exportadores relataram venda de 352,16 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega em 2025/2026. Além disso, a exportadores venderam 2,53 milhões de toneladas de milho na semana encerrada em 24 de julho.