23/Jul/2025
O mercado do milho está sob pressão da colheita acelerada no Brasil. Nos portos, os preços estão sustentados. Mesmo com pressão de safra e liquidação nos curtos, o mercado é comprador no porto brasileiro. O milho segue com fundamentos firmes e tendência positiva a partir de outubro, com negócios para 2026 já indicando preços perto de R$ 80,00 por saca de 60 Kg na B3. Apesar do volume alto entrando, o movimento nos portos dá sustentação ao mercado físico. Com as posições curtas pressionadas pela entrada da safra e a liquidez pontual, a recuperação pode vir com a virada da janela comercial. A safra é grande, mas a exportação está vindo forte e vai puxar a curva de novo.
No Centro-Sul, o mercado de milho segue travado, com vendedores retraídos e compradores cautelosos diante do frete elevado e da colheita ainda atrasada em várias regiões. Em São Paulo, na região de Campinas, os compradores indicam entre R$ 60,00 e R$ 61,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega até o fim de agosto e pagamento em 15 dias, enquanto o vendedor só aceita vender acima de R$ 64,00 a R$ 65,00 por saca de 60 Kg. O produtor está firme e os compradores só aparecem se for uma urgência de ração ou usina. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, há pouca oferta disponível e a demanda é fraca. Os produtores indicam entre R$ 51,00 e R$ 52,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata, mas o comprador indica no máxima R$ 50,00 por saca de 60 Kg.