22/Jul/2025

Os preços do milho são sustentados pela valorização do dólar e pela retração dos vendedores. Apesar disso, a pressão da safra volumosa e das exportações fracas limita reações mais consistentes nos preços. Observou-se uma estabilidade nos preços, não porque a pressão da colheita diminuiu, mas porque o dólar deu uma ajuda e o produtor não quer vender. Os compradores, então, precisam pagar um pouco mais. Os prêmios de exportação estão um pouco mais firmes, o que reforça esse ponto de equilíbrio. Apesar da reação, a variação no mês de julho ainda é negativa, de -5,42%. O avanço da colheita segue abaixo da média e a alta no custo do frete também tem ajudado a conter novas desvalorizações. Mesmo com o dólar mais valorizado, as exportações seguem fracas.

Em Mato Grosso, na região de Rondonópolis, os compradores indicam entre R$ 45,00 e R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para pagamento em até 15 dias. R$ 45,00 por saca de 60 Kg é o piso no disponível. Para agosto, há registro de negócios pontuais a R$ 46,00 por saca de 60 Kg e, para setembro, a R$ 47,00 por saca de 60 Kg. Os produtores liberam volumes conforme precisa. A colheita avança gradualmente e pressiona a logística regional, mas a oferta segue cadenciada.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, o mercado segue travado, com oferta restrita e frete elevado limitando os negócios. Os vendedores indicam entre R$ 65,00 e R$ 67,00 por saca de 60 Kg, mas o comprador resiste a pagar esses valores. Tem pouco milho disponível na região. No CIF Porto de São Francisco do Sul (SC), as indicações variam entre R$ 66,00 e R$ 70,00 por saca de 60 Kg, para embarques de agosto a dezembro. A colheita avança com boa produtividade no norte e oeste do Estado, mas parte dos produtores deixa o milho no campo para reduzir custos de secagem. Para a safra 2025/2026, a indicação de compra é de R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada entre fevereiro e março e pagamento em abril, mas sem interesse do vendedor.