22/Jul/2025
Os contratos futuros de milho encerraram esta segunda-feira (21/07) em baixa na Bolsa de Chicago, pressionados pelas chuvas favoráveis no Centro Oeste norte-americano durante o fim de semana e por vendas técnicas após os ganhos da semana passada. O vencimento dezembro caiu 5,50 centavos (1,29%) e fechou a US$ 4,22 por bushel. As chuvas no Centro-Oeste dos Estados Unidos no fim de semana provavelmente impulsionaram as safras. A onda de calor prevista para esta semana no cinturão do milho se mostrou menos severa que o antecipado, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ainda projetando temperaturas entre 32°C e 38°C, mas com maior quantidade de chuvas.
Tempestades que se deslocam ao longo da borda do sistema de alta pressão serão frequentes no Meio Oeste e nas Planícies do Norte. Na semana passada, operadores antecipavam um domo de calor que manteria condições quentes e secas por período prolongado. O relatório de inspeções semanais trouxe dados negativos para o milho. O volume exportado na semana encerrada em 17 de julho foi de 983.625 toneladas, queda de 25,2% ante a semana anterior. O dado contrasta com o avanço de 64,7% nas inspeções de trigo, evidenciando fraqueza específica na demanda externa pelo cereal. As previsões climáticas sinalizam um agosto mais úmido e não tão quente, contrariando as preocupações da semana passada sobre estresse nas lavouras.
Apesar do dólar mais fraco, que normalmente sustenta os grãos, os futuros não conseguiram aproveitar esse suporte. A oferta brasileira continua pressionando o mercado global. A AgRural informou que a colheita da 2ª safra de 2025 avançou para 55% da área apta no Centro-Sul, ante 40% na semana anterior. A consultoria revisou sua estimativa de produção para 136,3 milhões de toneladas em 2024/2025, reforçando a pressão da oferta sul-americana sobre as cotações internacionais. Os fundos reduziram apostas na queda do milho. A posição líquida vendida caiu 11,3% na semana até 15 de julho, passando de 179.287 para 159.044 lotes. O movimento indica menor pessimismo dos especuladores em relação ao cereal.