21/Jul/2025
Os contratos futuros de milho encerraram a sexta-feira (18/07) em alta na Bolsa de Chicago, pressionados pela previsão de clima quente e seco no cinturão do milho norte-americano nesta semana. O vencimento dezembro ganhou 6,75 centavos (1,60%) e fechou a US$ 4,27 por bushel. Previsões meteorológicas apontam para temperaturas elevadas e baixa umidade na principal região produtora dos Estados Unidos, criando risco de estresse nas lavouras em momento crítico para a formação dos grãos. O milho já enfrenta problemas crescentes de polinização em boa parte do cinturão produtivo.
No entanto, os traders parecem acreditar que esses contratempos climáticos não serão suficientes para comprometer uma safra que, de modo geral, ainda é esperada como muito boa. O dólar em queda ante outras moedas também sustentou os preços, ao tornar os grãos norte-americanos mais competitivos no mercado externo. Operadores seguem atentos às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, com especulações de retomada das compras chinesas do produto norte-americano. No mercado doméstico, a 2ª safra de 2025 continua exercendo pressão sobre as cotações internacionais.
A colheita nacional atingiu 41,7% da área até o dia 13 de julho, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas o ritmo permanece 32,5% atrás do ano passado. A oferta da 2ª safra de 2025 mantém o mercado interno bem abastecido. Na Argentina, chuvas e alta umidade atrasam a colheita, com apenas 73% da área ceifada contra 80% do normal para esta época. O atraso dificulta o acesso às lavouras e pressiona a logística de escoamento. Analistas avaliam que os fundamentos seguem baixistas para o milho, com oferta global ampla e demanda externa limitada pelas tensões comerciais. A expectativa de safra recorde nos Estados Unidos mantém a pressão de longo prazo sobre os preços.