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15/Jul/2025

Preços do milho seguem com tendência de baixa

O milho brasileiro segue sob forte pressão com a entrada da 2ª safra de 2025 no mercado e o avanço ainda tímido das exportações. Apesar do câmbio desvalorizado em meio à guerra tarifária liderada pelos Estados Unidos, o movimento não tem sustentação ou fundamentos suficientes para alterar a tendência de baixa no curto prazo. A colheita está atrasada, mas já começa a ganhar tração, e a 2ª safra de 2025 está vindo grande. Isso mantém o mercado pressionado. Há relatos de produtividades surpreendentes em vários Estados.

Não há problema de disponibilidade, e isso explica a pressão constante desde abril. Com o plantio tardio, o atraso na colheita já era esperado e deve ser parcialmente compensado até o fim de julho, caso o clima continue favorável. A exportação também está atrasada, mas deve ganhar ritmo em agosto. Ainda assim, há dúvidas quanto à sua força. As tarifas dos Estados Unidos não têm muito efeito direto sobre o milho brasileiro é pequeno, mas o câmbio mais fraco pode melhorar a competitividade frente aos Estados Unidos no segundo semestre. Será um impacto indireto, via dólar.

No Paraná, na região de Maringá, apenas lotes pontuais têm sido negociados, mas de milho proveniente de Mato Grosso do Sul. Como o frete está caro na região, com competição entre soja e milho 2ª safra de 2025, os compradores estão buscando milho em Mato Grosso do Sul. Os preços estão estáveis, apesar da baixa contínua verificada neste mês, com a entrada da 2ª safra de 2025. A negociação é pontual, pois o consumidor está abastecido e aguardando novas quedas de preço no milho com a entrada mais volumosa da 2ª safra. Esses agentes acreditam que o preço vai cair ainda mais e reforçam a pressão. Em relação ao milho da 2ª safra de 20256, não há sequer indicações em Maringá.

Em Mato Grosso, o mercado físico mostra mais tração. Na região de Rondonópolis, as indicações no spot estão entre R$ 46,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamentos escalonados entre 30 de agosto e 30 de outubro. A força da demanda interna e a necessidade de liberar armazéns estimulam o giro. Para exportação, as indicações estão entre R$ 39,00 e R$ 44,00 por saca de 60 Kg, dependendo do mês de embarque e pagamento. Apesar do avanço do ritmo de colheita e do alto volume disponível, os vendedores seguem com poder de barganha em algumas localidades, o que tem limitado quedas nos preços locais.