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14/Jul/2025

Futuros caem com clima ameno nos EUA e estoque

Os contratos futuros de milho encerraram a sexta-feira (11/07) em baixa na Bolsa de Chicago, pressionados pela elevação dos estoques finais dos Estados Unidos em 2025/2026 e pela manutenção de um padrão climático benigno para a safra no Meio Oeste. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe poucos ajustes no relatório de julho, mas o foco do mercado está mesmo nas boas condições climáticas e nas incertezas tarifárias. O vencimento dezembro cedeu 4,25 centavos (1,02%), e fechou a US$ 4,12 por bushel. De acordo com o relatório mensal de oferta e demanda divulgado na sexta-feira (11/07) pelo USDA, a estimativa para os estoques finais norte-americanos em 2025/2026 caiu de 44,46 milhões de toneladas para 42,17 milhões de toneladas, mas ainda assim permanece elevado.

A produção foi ajustada para baixo, de 401,85 milhões de toneladas em julho para 398,93 milhões de toneladas agora, refletindo a revisão da área plantada no relatório de junho. No mercado internacional, os estoques globais também foram reduzidos, passando de 275,24 milhões de toneladas para 272,08 milhões de toneladas, número abaixo da expectativa dos analistas. Apesar disso, a leitura geral do mercado é de que a oferta segue ampla, com a demanda externa pressionada pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e países asiáticos. Boa parte do que o USDA divulgou já estava precificado. Agora, o mercado volta a operar olhando o clima, que deve seguir não ameaçador nas próximas semanas. Previsões indicam chuvas regulares e temperaturas abaixo da média em grande parte das áreas produtoras do Cinturão do Milho, o que tende a favorecer o desenvolvimento das lavouras.

No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a estimativa de produção total de milho em 2024/2025 para 131,97 milhões de toneladas, com aumento expressivo na 2ª safra de 2025. A colheita segue atrasada, mas o volume esperado é recorde. A Anec projeta exportações brasileiras de 4,34 milhões de toneladas em julho, alta de 665% em relação a junho. O fortalecimento do dólar ante o Real também pressiona as cotações, ao tornar o milho brasileiro mais competitivo no mercado externo. Além disso, as tensões comerciais iniciadas pelo governo Trump, com tarifas de 25% sobre produtos do Japão e Coreia do Sul, seguem limitando a demanda pelos grãos norte-americanos.