14/Jul/2025

Segundo a Aprosoja-MS, a colheita do milho 2ª safra de 2025 em Mato Grosso do Sul alcançou 10,2% da área total estimada até 4 de julho. Foram colhidos aproximadamente 214 mil hectares, com a região central liderando os trabalhos (12,5%), seguida pela região sul (10,8%) e pela região norte (1,67%). O ritmo mais lento da colheita é atribuído à elevada umidade dos grãos e à escassez de caminhões para transporte. Normalmente, o produtor evita os custos com a secagem artificial, preferindo deixar o milho secar naturalmente na lavoura. Por ser uma cultura mais tolerante ao tempo de campo, o milho pode esperar mais, sobretudo quando os preços pagos pelo grão estão desfavoráveis ao produtor. A falta de caminhões tem sido mais acentuada na região central do Estado.

É um problema pontual e temporário, que deve ser normalizado em breve. O pico da colheita geralmente ocorre a partir de julho, então a tendência é que a situação se estabilize nas próximas semanas. Em Chapadão do Sul, a umidade elevada deve atrasar o início da colheita em algumas propriedades. O problema começou com o atraso no plantio da soja em 2024. Normalmente, o plantio começa no início de outubro, entre dia 1º e dia 10 de outubro, mas os produtores atrasaram até o dia 20 de outubro. Isso comprometeu toda a sequência produtiva. A maior parte do milho plantado na região do Chapadão do Sul foi entre 10 e 25 de fevereiro, sendo que normalmente é plantado em janeiro. Poucos produtores conseguiram plantar em janeiro, e isso está impactando agora no início da colheita.

A maior oferta está pressionando os preços. Com o avanço da colheita, existem outros pontos que precisam ser levados em conta, como o custo logístico e a armazenagem. O déficit de armazenagem pode ser um fator crucial para determinar as margens de lucro dos produtores. Há expectativa de elevação nos preços mais à frente. Os produtores que conseguirem armazenar poderão se beneficiar. A colheita começou no fim de maio e deve se estender até a última semana de agosto, com pico esperado para julho. A previsão é de tempo firme nos próximos dez dias, sem chuvas significativas sobre o Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.