10/Jul/2025
A valorização do Real frente ao dólar está preocupando os exportadores de milho. Para o mercado brasileiro, o câmbio mais fraco reduz a competitividade nas exportações e ajuda a conter os preços no físico. Assim, o produtor fica mais retraído nas vendas. Porém, a pressão sazonal ainda não se impôs sobre o mercado porque o volume disponível ainda não chegou integralmente aos compradores. Do lado da demanda, o consumo doméstico deve compensar parte da oferta, especialmente com o avanço da mistura de etanol para E30.
Em Mato Grosso, na região de Sinap, o mercado registra negócios pontuais e as indicações de compra estão mais firmes, impulsionadas pelo atraso da colheita, pela disputa entre portos e indústrias e pela recomposição urgente de estoques. Há registro de negócios pontuais a R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega imediata e pagamento à vista. A colheita avança, mas o vendedor continua cauteloso. Para exportação, a indicação é de R$ 42,00 por saca de 60 Kg, para embarque em setembro, mas o mercado está travado, pois os vendedores não aceitam esses preços por enquanto.
No Paraná, na região de Cascavel, a indicação para exportação na ferrovia é de R$ 58,00 por saca de 60 Kg, puxando o preço interno. As indústrias da Região Sudeste já indicam R$ 61,00 por saca de 60 Kg CIF, enquanto em Cascavel e Toledo, os compradores testam R$ 59,00 por saca de 60 Kg, mas sem conseguir comprar. O produtor local indica entre R$ 58,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, dependendo da urgência. Por enquanto, o comprador ainda tenta barganhar abaixo disso. A percepção é de que o mercado atingiu um ponto de equilíbrio.