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09/Jul/2025

Futuros do milho em baixa com tensões comerciais

Os futuros de milho fecharam em queda nesta terça-feira (08/07) na Bolsa de Chicago, ainda pressionados pelo anúncio de tarifas recíprocas dos Estados Unidos contra importantes parceiros comerciais. No caso do milho, as tarifas de 25% sobre produtos do Japão e da Coreia do Sul são particularmente relevantes, já que os dois países estão entre os principais compradores do grão norte-americano. O vencimento dezembro caiu 6,50 cents (1,54%), e fechou a US$ 4,14 por bushel.

Uma leve melhora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos também pressionou as cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 74% da safra apresentava condição boa ou excelente no dia 6 de julho, aumento de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 68%. O número veio pouco acima da expectativa do mercado, de 73%. A condição da safra de milho está melhor do que o normal para esta época do ano.

O milho no oeste do Cinturão do Milho respondeu à umidade adequada do solo e às temperaturas mais baixas. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da 2ª safra de milho de 2025 avançou para 27,7% da área estimada até o dia 6 de julho, contra 17% na semana anterior e 61,1% em igual período de 2024. O valor também é inferior aos 39,5% da média dos últimos cinco anos.

Segundo o USDA, exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 112.776 toneladas de milho para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2025/2026. Dados mostraram que fundos de investimento continuavam apostando fortemente na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida vendida desses agentes aumentou 8% na semana até 1º de julho, de 175.396 para 189.540 lotes.