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08/Jul/2025

Futuros do milho em baixa com tensões comerciais

Os futuros de milho fecharam em queda de mais de 3% nesta segunda-feira (07/07) na Bolsa de Chicago, pressionados pelo aumento das tensões comerciais. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos vão cobrar tarifa de 25% sobre produtos importados do Japão e da Coreia do Sul a partir de 1º de agosto. Os países asiáticos estão entre os principais compradores de milho norte-americano.

O vencimento dezembro do grão caiu 16,25 cents (3,72%), e fechou a US$ 4,20 por bushel. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,49 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana até 3 de julho, alta de 8% ante a semana anterior. Do total, 313,8 mil toneladas tinham como destino o Japão e 136 mil toneladas, a Coreia do Sul. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 135 mil toneladas para o México.

Do total, 29 mil toneladas são para entrega no ano comercial 2024/2025 e 106 mil toneladas, para entrega em 2025/2026. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil. A colheita da 2ª safra de 2025 no País está atrasada, mas a perspectiva é de uma produção recorde. Segundo a AgRural, os trabalhos alcançaram no dia 3 de julho 28% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, em comparação com 18% uma semana antes e 63% em igual período do ano passado.

Embora o avanço dos trabalhos ainda esteja aquém do esperado em todos os Estados da região, a redução das chuvas observada na semana passada ajudou a colheita a ganhar um pouco mais de ritmo. O clima favorável nos Estados Unidos e a boa condição das lavouras no país foram outro fator baixista para as cotações. A safra dos Estados Unidos está em boas condições com um clima não ameaçador. Até que isso mude ou que se tenha boas notícias sobre o comércio, ficará difícil sustentar altas nos preços.