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04/Jul/2025

Preços do milho seguem com tendência baixista

O mercado de milho brasileiro apresenta uma correção pontual, após a sequência de quedas, mas a perspectiva segue baixista para os próximos meses diante da expectativa de oferta volumosa global. A combinação entre produtividade elevada no Brasil, terceira maior área semeada com o grão nos Estados Unidos desde 1944 e recuperação na Argentina cria cenário de abundância que deve pressionar preços até o final do ano.

As distorções no mercado físico persistem, com empresas menores forçando compras a preços elevados para cobrir necessidades imediatas, enquanto a B3 antecipa a entrada da safra volumosa. A pressão sobre os preços também recebe influência do cenário macroeconômico, com dólar em queda. O Real deve se fortalecer nos próximos meses, reduzindo a competitividade das exportações brasileiras. No mercado interno, a expectativa é que a Região Sul puxe para baixo as estimativas de produção devido ao atraso na colheita, mas sem alterar o quadro geral de abundância.

Em Mato Grosso, na região de Sinop, o mercado de milho permanece travado, com vendedores resistentes, indústria fora das compras e negócios restritos a volumes pequenos. Há registro de negócios pontuais a R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento à vista, especialmente para custear frete, diesel e colheita. A colheita avança de forma lenta no médio-norte do Estado. Para embarque e pagamento em setembro, os compradores indicam até R$ 42,50 por saca de 60 Kg FOB. O produtor indica R$ 45,00 por saca de 60 Kg.

No Paraná, na região de Maringá, o cenário também é de paralisia. A indicação de compra é de R$ 65,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em agosto e pagamento em 10 de setembro. Os produtores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg. A indústria está afastada da negociação, a exportação não reage, e os compradores não querem pagar acima de R$ 65,00 por saca de 60 Kg. O mercado está travado. Há registro de negócios pontuais a R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB, com carga imediata para indústrias de ração no interior do Estado. Nas cooperativas, os negócios giram entre R$ 59,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata, mas também em volumes reduzidos.