03/Jul/2025
O mercado de milho prossegue com movimentos distintos entre as regiões. Os compradores menores pagam prêmios elevados para cobrir necessidades imediatas. As distorções regionais continuam evidentes, com diferenças expressivas entre as regiões produtoras e consumidoras. Essa disparidade deve se corrigir conforme a colheita avançar.
O atraso nos trabalhos de campo tem forçado os compradores menores, incluindo fábricas de ração e indústrias do Paraná, a buscarem milho em regiões distantes, pagando fretes elevados. A geada pontual no Paraná, embora sem dados oficiais de grandes perdas, contribui para a cautela dos produtores locais. A colheita da 2ª safra de 2025 avança devagar na Região Centro-Oeste e ainda não garante liquidez ao mercado de milho.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os compradores indicam entre R$ 38,00 e R$ 39,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto, mas os produtores estão retraídos. Esses preços são para exportação, mas o vendedor não aceita. O avanço da colheita é dificultado pelas temperaturas mais baixas. O produtor espera para avaliar qualidade e umidade antes de definir os primeiros lotes.
No Paraná, o mercado também enfrenta lentidão. As indicações para exportação giram entre R$ 53,00 e R$ 54,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em julho e pagamento até o fim de agosto. Mesmo assim, a liquidez é quase nula. A indústria está afastada do mercado, pois tem contrato antigo para receber e não está buscando milho novo. No interior, a referência de balcão está em baixa. A cooperativa lançou o milho a R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em até sete dias.