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02/Jul/2025

Preços avançam em algumas regiões consumidoras

O mercado de milho registra movimentos distintos no físico. Atrasos na colheita causam escassez pontual em algumas regiões consumidoras, contrastando com o mercado futuro (B3), que segue antecipando a entrada de uma safra volumosa. O contraste entre mercado físico e futuro reflete a diferença de timing entre regiões produtoras e consumidoras. Em Mato Grosso, os preços estão abaixo de R$ 40,00 por saca de 60 Kg, mas os produtores resistem em vender nesse patamar.

Na região de Sinop, os compradores indicam R$ 38,00 por saca de 60 Kg, mas os vendedores não aceitam esse valor, travando as negociações. A situação cria um paradoxo: enquanto há milho disponível em Mato Grosso a preços baixos, localidades das Regiões Sul e Sudeste enfrentam escassez e pagam prêmios elevados. A persistência das chuvas no Paraná há três semanas paralisou a colheita, criando uma situação em que produtores de ração que esperavam receber milho no fim de junho não veem o produto chegar no volume esperado.

Em São Paulo, na região de Campinas, as compras emergenciais são realizadas a R$ 71,50 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata, diante do atraso na entrega de contratos firmados. Apesar disso, parte das indústrias ainda tenta manter as indicações entre R$ 65,00 e R$ 66,00 por saca de 60 Kg. Há atraso na colheira por causa do clima, e muitos compradores ficaram sem o cereal. As compras pontuais são lideradas por fábricas de ração, que enfrentam falhas no cumprimento de contratos antigos. Esses agentes acabam pagando mais no spot.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a situação é de lentidão, com a colheita impactada pelas baixas temperaturas. Os compradores indicam entre R$ 46,00 e R$ 47,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em até sete dias. A negociação é pontual. O tempo frio e úmido tem afastado o produtor da colheita. Mesmo com a geada, o potencial produtivo segue elevado.