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02/Jul/2025

Brasil: revisada projeção da 2ª safra de milho 2025

Segundo a StoneX, a produção de milho da 2ª safra de 2025 foi revisada para cima e passou de 106,1 milhões de toneladas para 108,2 milhões de toneladas, avanço de 2% em relação à estimativa de junho. Com o ajuste, a produção total de milho no ciclo 2024/2025 subiu para 136,1 milhões de toneladas, ante os 134 milhões de toneladas estimadas no mês passado, incluindo pouco mais de 2 milhões de toneladas da 3ª safra de 2025. O aumento foi impulsionado por ajustes positivos de produtividade em Estados como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins, elevando o rendimento médio nacional da 2ª safra de 2025 para 6,17 toneladas por hectare. Nesse ciclo, de forma geral, o clima foi bastante positivo para as lavouras, com ocorrências de chuvas em parte das áreas produtoras em junho.

Mato Grosso mantém a liderança na 2ª safra de 2025 com 50,57 milhões de toneladas, alta de 6,3% ante a temporada anterior. O Paraná aparece na sequência, com 17,01 milhões de toneladas (+30,4%), seguido por Goiás, com 14,60 milhões de toneladas (+16,5%). Mato Grosso do Sul registrou 13,55 milhões de toneladas (+47,7%). Na safra de verão (1ª safra 2024/2025) foi registrado recuo marginal, com a estimativa passando para 25,6 milhões de toneladas. A leve queda foi motivada por uma redução da produtividade no Piauí, que não foi compensada pelo aumento de rendimento em Tocantins. A safra de verão (1ª safra 2024/2025) deste ano ficou abaixo de 2024. Porém, essa diminuição ocorreu devido à área menor, enquanto a produtividade média nacional avançou.

Para o consumo doméstico, a projeção foi elevada de 89 milhões de toneladas para 89,5 milhões de toneladas, sustentada pela demanda aquecida para produção de etanol. As exportações foram mantidas em 42 milhões de toneladas. Os estoques finais projetados para o ciclo ficaram em 21,35 milhões de toneladas, com relação estoque/uso de 16,23%. O foco do mercado agora se volta para os desdobramentos dos próximos meses, que serão determinantes para o ritmo das exportações brasileiras de milho. Eles estarão no radar para definir os volumes dos embarques, mas é importante ressaltar que o desempenho da safra norte-americana 2025/2026 também será um fator decisivo nesse cenário.

Segundo projeção da Céleres, a 2ª safra de milho de 2025 no Brasil deve resultar em 119,4 milhões de toneladas, a partir de uma área semeada de 18,3 milhões de hectares. O clima extremamente favorável resulta em um aumento de 8,6% na produtividade em relação à última projeção, o que se traduz em uma 2ª safra 18% maior que a de 2023/2024 e 9,2% superior à safra recorde de 2022/2023. Devido ao bom desempenho e perspectiva de oferta, os preços do milho no mercado interno têm recuado. Mas, a perspectiva de consumo é positiva, com a recente aprovação do aumento do etanol anidro na gasolina, de 27% para 30%.

Esse aumento, combinado aos preços favoráveis do milho para a indústria, impulsiona o crescimento no consumo industrial total em 17% na comparação com 2023/2024. Além disso, o setor de proteína animal está mais incentivado a expandir a produção devido a uma relação de troca mais favorável. É esperado um avanço de 3,9% em relação ao ciclo 2023/2024. Quanto à exportação de milho, seguirá como alternativa ao mercado. Os preços mais competitivos em termos globais devem impulsionar as exportações no ciclo 2024/2025 para 51 milhões de toneladas (+30,2% em relação a 2023/2024), mantendo o protagonismo nas exportações do cereal e na segurança alimentar global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.