01/Jul/2025
O atraso na colheita da 2ª safra de 2025 no Brasil resulta em um movimento de sustentação pontual dos preços, pois não há uma oferta disponível ainda. A geada que atingiu o Paraná freou as vendas dos produtores no mercado físico, mas o quadro de oferta abundante não deve ser alterado significativamente. A geada atingiu cerca de 1 milhão de hectares no sul do Paraná, com temperaturas de até -6°C em algumas regiões, trouxe especulação sobre possíveis danos à produção. Mas, o impacto deve ser limitado pela fase avançada das lavouras. O atraso na colheita nacional também dá suporte às cotações em algumas regiões consumidoras.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, o cereal segue com pouca liquidez. Tem pouco milho disponível na região e os vendedores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg ou mais. Mesmo com o milho no campo, o volume ofertado é baixo e a comercialização é limitada. No CIF Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 62,00 por saca de 60 Kg, para embarque agosto/setembro. Para embarque em julho/agosto, a indicação é de R$ 63,00 por saca de 60 Kg. Para outubro/novembro, a indicação está entre R$ 65,00 e R$ 66,00 por saca de 60 Kg.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Chapadão do Sul, a comercialização é lenta, pressionada por atrasos na colheita e pelas chuvas dos últimos dias. A indicação é de R$ 47,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento à vista. Para embarques em agosto e pagamento em setembro, os produtores indicam entre R$ 50,00 e R$ 52,00 por saca de 60 Kg, mas os compradores indicam R$ 48,00 por saca de 60 Kg, mantendo o mercado travado. Para outubro e novembro, alguns vendedores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg, mas os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg. A diferença é grande e trava o mercado.