30/Jun/2025

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (27/06) na Bolsa de Chicago. Investidores cobriram posições vendidas após o mercado ter caído nos cinco pregões anteriores e acumulado desvalorização de mais de 5% no período. O mercado de milho já estava bem sobrevendido e provavelmente já tinha absorvido a maior parte das más notícias. Os fundos estão mantendo uma posição vendida substancial em milho, assim como em trigo, e será interessante ver se algumas notícias positivas no curto prazo estimulam um rali decente de cobertura de posições vendidas.

O vencimento dezembro do grão avançou 6,00 cents (1,43%), e fechou a US$ 4,27 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 3,23%. O fim da redução temporária das retenciones na Argentina foi outro fator altista para as cotações, já que pode desacelerar os embarques do país sul-americano. Em janeiro, o governo tinha reduzido a alíquota para o milho de 12% para 9,5%. A maior parte dos fundamentos, porém, continua baixista, com clima favorável nos Estados Unidos e a expectativa de uma safrinha recorde no Brasil.

A Agroconsult estimou uma produção de 123,3 milhões de toneladas na 2ª safra de 2025, alta de 19,6% em relação ao ciclo anterior. A previsão anterior era de 112,9 milhões de toneladas. Quanto ao relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta segunda-feira (30/06), analistas esperam 38,54 milhões de hectares semeados com milho. Em março, o USDA tinha projetado uma área levemente maior, de 38,58 milhões de hectares.