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27/Jun/2025

Futuros do milho caem com ampla oferta do Brasil

Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (26/06) na Bolsa de Chicago. O clima no Meio Oeste dos Estados Unidos continua favorável para a safra recorde esperada no país, mas os vendedores se mostraram um pouco mais retraídos, após o mercado ter caído nas quatro sessões anteriores e acumulado desvalorização de quase 5% no período. Para a RCM Alternatives, a movimentação para baixo está exagerada e o conselho aos clientes é para que evitem novas posições vendidas. O vencimento dezembro do grão recuou 1,50 cent (0,36%), e fechou a US$ 4,21 por bushel.

Os negócios foram influenciados em parte pela perspectiva de uma 2ª safra de 2025 recorde no Brasil. A Agroconsult estimou uma produção de 123,3 milhões de toneladas na 2ª safra de 2025, alta de 19,6% em relação ao ciclo anterior. A previsão anterior era de 112,9 milhões de toneladas. Esse volume está acima das estimativas de mercado. O recuo do dólar ante o Real e o fortalecimento do petróleo, no entanto, limitaram as perdas. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 741,2 mil toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 19 de junho. Para 2025/2026, foram vendidas 305,5 mil toneladas. A soma das duas safras, de aproximadamente 1,05 milhão de toneladas, ficou dentro das estimativas de analistas. Quanto ao relatório de área plantada do USDA, que será divulgado no dia 30 de junho, analistas esperam 38,54 milhões de hectares semeados com milho. Em março, o USDA tinha projetado uma área levemente maior, de 38,58 milhões de hectares.