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26/Jun/2025

Futuros do milho caem com ampla oferta do Brasil

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (25/06) na Bolsa de Chicago, com a perspectiva de uma 2ª safra de 2025 recorde no Brasil e o clima favorável nos Estados Unidos. O vencimento dezembro do grão perdeu 6,50 cents (1,52%), e fechou a US$ 4,22 por bushel. A Agroconsult estimou, após concluir a etapa do grão do Rally da Safra, uma produção de 123,3 milhões de toneladas na 2ª safra de 2025 do Brasil, alta de 19,6% em relação ao ciclo passado. A previsão anterior era de 112,9 milhões de toneladas. Esse volume está acima das estimativas de mercado.

Com o milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) acrescentando 27 milhões de toneladas, a produção total do grão deve atingir 150,3 milhões de toneladas em 2024/2025, aumento de 16,5% ante a safra passada. O milho, com a pressão adicional das excelentes perspectivas de colheita no Brasil, está enfrentando dificuldades na Bolsa de Chicago. O mercado também foi pressionado pela alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá exportar 829 mil toneladas de milho em junho.

A produção de etanol nos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado na semana passada, também influenciou os negócios. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia, a produção média foi de 1,081 milhão de barris por dia na semana encerrada em 20 de junho. Os estoques de etanol, de 24,4 milhões de barris, ficaram dentro das estimativas do mercado. Quanto ao relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 30 de junho, a S&P Global Commodity Insights prevê 38,65 milhões de hectares para o milho. Em março, o USDA tinha projetado uma área semeada de 38,57 milhões de hectares.