25/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (24/06) na Bolsa de Chicago. O desempenho refletiu principalmente o enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão recuou 4,75 cents (1,10%), e fechou a US$ 4,29 por bushel. O relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a qualidade das lavouras no país piorou levemente na semana passada.
De acordo com a agência, 70% da safra apresentava condição boa ou excelente no dia 22 de junho, queda de 2% ante a semana anterior. Porém, isso não deve ser visto como uma indicação do futuro da safra. Segundo o site Soybean and Corn Advisor, o declínio pode ser atribuído ao calor excessivo durante o fim de semana. As chuvas previstas para o fim desta semana vão aliviar essas condições. A forte demanda externa pelo grão norte-americano limitou as perdas. O USDA informou que exportadores relataram vendas de 630 mil toneladas de milho para o México. Do total, 554.400 toneladas são para entrega no ano comercial 2025/2026 e 75.600 toneladas, para entrega em 2026/2027.
A queda recente dos preços de milho na Bolsa de Chicago melhorou competitividade do grão dos Estados Unidos no mercado de exportação. Quanto ao Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da 2ª safra de 2025 continua atrasada em relação à temporada anterior. Até o dia 22 de junho, apenas 10,3% da área plantada havia sido colhida, avanço de 6,4% em comparação com a semana anterior. Na comparação com igual período da safra passada, porém, quando 28% da área havia sido trabalhada, há atraso de 17,7%. Em comparação com a média dos últimos cinco anos, de 17,5%, também há atraso, no caso, de 7,2%.