25/Jun/2025
A Agroconsult aumentou sua projeção para 2ª safra de milho de 2025 no Brasil para um recorde de 123,3 milhões de toneladas, alta de 19,6% em relação a 2023/2024, após concluir a etapa do grão do Rally da Safra. Esse volume está acima das estimativas de mercado. A estimativa anterior era de 112,9 milhões de toneladas. Na projeção, a área plantada cresceu 5,7% ante temporada anterior, atingindo 18,1 milhões/hectare no período. A produtividade média nacional chegou a recorde de 113,8 sacas de 60 Kg por hectare. O clima levou a uma “safra espetacular”, com as chuvas entre abril e junho garantindo umidade para enchimento dos grãos, além da não ocorrência de geada.
Mesmo o milho plantado mais tardiamente, acabou produzindo bem. Outro fator que favoreceu o resultado está relacionado às condições das lavouras, em especial nas regiões oeste e sudeste de Mato Grosso, com crescimento no número de espigas e grãos por espigas, bem como um eficiente controle fitossanitário, embora tenha havido alta incidência de lagartas. A Agroconsult projetou também um recorde de rendimento para os principais Estados produtores de milho: Mato Grosso, com 131,9 sacas de 60 Kg por hectare, alta de 11,6% em relação à safra passada; Goiás, com 126,1 sacas de 60 Kg por hectare, crescimento de 5,6%; Mato Grosso do Sul, com 98,1 sacas de 60 Kg por hectare, aumento de 35,1%; e Paraná, com 106,5 sacas de 60 Kg por hectare, avanço de 16,5%.
Com o milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) acrescentando 27 milhões de toneladas, a produção total do grão deve atingir 150,3 milhões de toneladas em 2024/2025, 16,5% maior do que a safra passada. O País deverá enfrentar questões logísticas, especialmente relacionadas à armazenagem. Há previsão de que parte significativa do milho fique armazenada a céu aberto, como já ocorreu em anos anteriores, pressionando a infraestrutura de transporte e exportação. No mercado doméstico há otimismo.
O mercado de rações apresenta sinais de retomada, especialmente após o controle e superação da gripe aviária. Além disso, o mercado de etanol de milho continua aquecido, impulsionando a demanda pelo cereal. Com esses fatores, o consumo interno deve atingir 97 milhões de toneladas. Sobre as exportações, o ritmo dos embarques dependerá da conjuntura internacional. O resultado das safras norte-americana e argentina, além de eventos geopolíticos como o desenrolar da guerra entre Israel e Irã, sendo que o Irã é um dos maiores compradores do milho brasileiro, podem causar impacto considerável na demanda externa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.