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24/Jun/2025

Exportação brasileira de milho ao Irã pode ser afetada

Segundo o Itaú BBA, o agravamento do conflito militar entre Israel e Irã pode comprometer a continuidade das exportações brasileiras de milho ao Irã. O Irã é atualmente o principal destino do milho brasileiro. No ano passado, ocupou a terceira posição, com importação de 4,5 milhões de toneladas. Por enquanto, não se espera redução da demanda iraniana, mas a continuidade dos embarques para o país pode ser afetada se o conflito se agravar. O Irã é um importante parceiro comercial do Brasil no agronegócio também em outras commodities.

No caso da soja, o país ocupa a quinta posição entre os principais destinos dos embarques brasileiros, com 2,9 milhões de toneladas importadas nos cinco primeiros meses de 2025. Além dos riscos comerciais, o conflito traz impactos relevantes para o mercado global de fertilizantes. O Irã é o terceiro maior exportador mundial de ureia e relevante fornecedor de amônia, enquanto Israel ocupa a sexta posição entre os maiores exportadores de potássio. Mesmo sem que nenhuma bomba caísse em fábricas do Oriente Médio, a produção de nitrogenados na região já foi prejudicada.

O fornecimento de gás natural de Israel para o Egito foi interrompido, afetando a produção de ureia nas fábricas egípcias. Há ainda riscos logísticos, com possibilidade de bloqueio do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas de escoamento de fertilizantes, petróleo e outros produtos da região. Esse gargalo natural de logística concentra o escoamento dos fertilizantes provenientes do Irã, Iraque, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes, países que representam cerca de 40% das exportações globais de ureia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.