18/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (17/06) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão subiu 3,75 cents (0,86%), e fechou a US$ 4,38 por bushel. A forte demanda pelo grão norte-americano também impulsionou as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,673 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 12 de junho, recuo de 3,23% ante a semana anterior.
Apesar da queda, o volume ainda é bastante expressivo. Além disso, o volume inspecionado no ano comercial 2024/2025 até agora é de 52 milhões de toneladas, aumento de 28,5% na comparação anual. A alta foi limitada pela melhora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O USDA reportou que 72% da safra apresentava condição boa ou excelente no dia 15 de junho, melhora de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela também era de 72%. O plantio no país foi concluído na semana passada. Uma maior estimativa de área plantada nos Estados Unidos também impediu uma alta mais acentuada dos preços.
De acordo com a S&P Global Commodity Insights, a área de milho deve atingir 38,65 milhões de hectares, um aumento de 70,4 mil hectares em relação à projeção anterior do USDA, de março. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da 2ª safra de milho de 2025 está atrasada em comparação com igual momento da safra 2023/2024. Até o dia 15 de junho, apenas 3,9% da área plantada havia sido colhida, avanço de 1,9% em comparação com a semana anterior. Na comparação com igual período da safra passada, há atraso de 9,2%.