17/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (16/06) na Bolsa de Chicago. O desempenho refletiu em parte o enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão caiu 8,00 cents (1,81%), e fechou a US$ 4,35 por bushel. O clima benéfico em áreas de cultivo dos Estados Unidos também pressionou as cotações. O clima não traz ameaças, o que fez com que os fundos voltassem a vender contratos por enquanto.
De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos elevaram em 12% sua posição líquida vendida em milho na semana até 10 de junho, de 133.979 para 150.143 lotes. A perspectiva de oferta volumosa do Brasil foi outro fator baixista para as cotações. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção total do País em 128,25 milhões de toneladas, alta de 1,37 milhão ante a projeção de maio. O volume, se confirmado, leva o Brasil para a segunda maior colheita da série histórica.
A colheita da 2ª safra de 2025 avança no Brasil, ainda que em ritmo mais lento do que o esperado por causa da umidade elevada. Levantamento da AgRural mostrou que 5,2% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil estava colhida até o dia 12 de junho, em comparação com 1,9% uma semana antes e 21% um ano atrás. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,673 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana encerrada em 12 de junho, recuo de 3,23% ante a semana anterior.