03/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (02/06) na Bolsa de Chicago. A colheita da 2ª safra de 2025 no Brasil, embora atrasada em relação ao ano passado, vem pesando sobre as cotações. Segundo a AgRural, a colheita atingiu no dia 29 de maio 1,3% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, em comparação com 0,9% na semana anterior e 4,7% um ano atrás. Os trabalhos poderiam ter avançado em ritmo mais forte, mas foram limitados pela chuva e pelas temperaturas mais baixas da semana passada, que tornaram mais lenta a perda de umidade dos grãos. O vencimento julho do cereal perdeu 5,75 cents (1,30%), e fechou a US$ 4,38 por bushel. A AgRural concluiu uma nova revisão de sua estimativa de produção de milho na safra 2024/2025.
A produção total do Brasil (1ª, 2ª e 3ª safras somadas) está projetada agora em 128,5 milhões de toneladas, ante 124,8 milhões da estimativa de abril. O aumento foi puxado por produtividades mais altas na safrinha da maioria dos Estados, com destaque para Mato Grosso. O recuo do dólar ante as principais moedas e o fortalecimento do petróleo impediram uma queda mais expressiva dos preços. A depreciação da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,576 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 29 de maio, alta de 11% ante a semana anterior.