29/May/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (28/05) na Bolsa de Chicago. Analistas observaram que a demanda pelo grão norte-americano deve se desacelerar significativamente em breve, com a entrada da 2ª safra de 2025 do Brasil no mercado de exportação. Isso é normal para esta época do ano, quando a oferta sul-americana costuma dominar. A colheita da 2ª safra de milho de 2025 no Brasil alcançou no dia 25 de maio 0,3% da área prevista, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Na comparação com igual momento da safra 2023/2024, há atraso de 0,8%. Em comparação com as últimas cinco safras, o atraso é de 0,3%. O vencimento julho do grão caiu 8,50 cents (1,85%), e fechou a US$ 4,51 por bushel. O esperado redirecionamento da demanda para a América do Sul, o progresso do plantio nos Estados Unidos e as condições para o desenvolvimento da safra do país passam a ser os fatores mais importantes na formação de preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a semeadura no país estava 87% concluída no dia 25 de maio, ante 81% em igual período do ano passado e 85% na média dos cinco anos anteriores. Na semana, o avanço foi de 9%.

A condição inicial das lavouras, porém, ficou bastante abaixo do esperado. O USDA informou que 68% da safra apresentava condição boa ou excelente, enquanto analistas esperavam 73%. Este é o pior início de safra desde 2019. Além disso, há preocupações com a área que ainda não foi semeada. Em Ohio, apenas 54% da área prevista foi plantada, contra 74% em 2024 e 73% na média de cinco anos. É ali que os operadores acreditam que os planos de plantio não serão cumpridos.