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29/May/2025

EUA: baixa umidade pode comprometer as lavouras

Segundo o Banco Santander, a rápida evolução do plantio de milho nos Estados Unidos ocorre sob um risco crescente: a baixa umidade do solo em Estados-chave pode comprometer o desenvolvimento das lavouras. Mesmo com o aumento previsto de 5,4% na área semeada, o potencial produtivo está sob pressão, o que pode sustentar os preços do grão e afetar os custos da cadeia de proteína animal. O índice de seca desenvolvido pelo banco indica que as condições continuam abaixo da média histórica, embora a variação aponte chuvas moderadas nos próximos dias no Cinturão do Milho.

O milho é a cultura mais exposta às perdas climáticas neste momento. Foi plantado mais cedo e responde pior ao estresse hídrico do que a soja. A tendência de neutralidade reduz o risco climático ao longo do ciclo. O índice do Oceano Pacífico está próximo de zero, com probabilidade de 43% de neutralidade até novembro, segundo modelos, e de 80% até o fim do ano, segundo a agência meteorológica australiana. Os fundos reduziram as posições compradas em milho e migraram para uma viagem neutra. Isso reflete incerteza sobre a produtividade final e o comportamento dos preços diante do aumento de área e do clima irregular.

A análise também chama atenção para os efeitos sobre grandes empresas exportadoras de carne. Uma possível valorização do milho causa impacto direto no custo de alimentação de frigoríficos como JBS, Marfrig e Pilgrim's Pride. Paralelamente, o plantio de soja também avança em ritmo acelerado, favorecido pelo solo seco. O algodão sofre com excesso de chuvas no sul dos Estados Unidos, o que atrasou o calendário. Apesar disso, o mercado de fibras está mais influenciado pela demanda global e pelas disputas tarifárias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.