28/May/2025
A colheita da 2ª safra de 2025 avança em ritmo ainda inicial, mas já pressiona os preços do milho no mercado físico brasileiro. O aumento da disponibilidade no spot, combinado à retração da demanda, segue limitando as cotações. Os compradores aguardam mais quedas diante da perspectiva de uma safra volumosa. Mesmo com o avanço das exportações e valorização externa, os preços internos não encontram sustentação, porque há cereal chegando ao mercado e a demanda está enfraquecida.
A confirmação de caso de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul adiciona um elemento de cautela, especialmente entre indústrias de ração. O mercado de milho registra fraca movimentação. O avanço da colheita da 2ª safra de 2025 e a distância entre os valores entre compradores e vendedores mantêm os agentes cautelosos. A formação de preço segue pautada pelos fundamentos domésticos.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os vendedores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em junho e pagamento até o fim de julho, mas não há interesse por parte dos compradores. A divergência quanto aos preços mantém o mercado sem direção. Os compradores indicam entre R$ 50,00 e R$ 52,00 por saca de 60 Kg. A oferta de milho remanescente da safra de verão (1ª safra 2024/2025) praticamente desapareceu.
Em São Paulo, o cenário também é de baixa liquidez. Na região de Campinas, os vendedores indicam R$ 73,00 por saca de 60 Kg CIF, mas os compradores estão retraídos e só vão retomar se precisarem cobrir alguma posição urgente. No Porto de Santos, as indicações de compra para julho seguem entre R$ 67,50 e R$ 68,00 por saca de 60 Kg CIF, para pagamento em agosto. Para embarque em setembro, os valores estão entre R$ 65,00 e R$ 66,50 por saca de 60 Kg. Os vendedores indicam a partir de R$ 70,00 por saca de 60 Kg.