19/May/2025

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (16/05) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O avanço do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, também pressionou os futuros do grão. O vencimento julho do milho recuou 5,00 cents (1,11%), e fechou a US$ 4,43 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 1,39%. A queda também refletiu uma maior projeção de safra no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa de 124,74 milhões para 126,88 milhões de toneladas.

Na 2ª safra de 2025, a Conab espera uma produção de cerca de 99,80 milhões de toneladas, aumento de 10,8% na comparação anual. Na Argentina, a colheita avançou 2,3% na última semana, para 37,2% da área total estimada, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O rendimento médio nacional está em 8.120 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49 milhões de toneladas. A perspectiva de uma safra recorde nos Estados Unidos, de mais de 400 milhões de toneladas, foi outro fator de pressão para os preços. Além disso, chuvas em algumas áreas do Meio Oeste do país devem favorecer o desenvolvimento das lavouras. No entanto, a ausência de acordos comerciais entre os Estados Unidos e potenciais compradores do milho norte-americano é motivo de preocupação.