16/May/2025
Apesar da expectativa de uma grande safrinha, o comportamento dos preços dependerá da combinação entre avanço da colheita e dinâmica da demanda. A colheita precisa avançar para 25% a 30% da área plantada para ter clareza se o potencial vai se confirmar. Até lá, pode haver mais pressão sobre os preços, mas existem suportes importantes. Embora a oferta seja ampla, a demanda doméstica continua aquecida, especialmente com o uso do milho para ração e etanol. Além disso, o comportamento das exportações nos próximos 30 dias será essencial para entender o rumo das cotações.
No Paraná, o mercado permanece travado no Paraná, com poucos negócios concretizados e diferença significativa entre o que compradores oferecem e o que os vendedores estão dispostos a aceitar. Na região de Maringá, a indicação de compra é de R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega até 10 de junho e pagamento programado para 30 de julho. Os produtores indicam R$ 75,00 por saca de 60 Kg.
Para o milho 2ª safra de 2025, as indicações seguem abaixo do que os vendedores consideram aceitável. No Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque em agosto, mas os vendedores estão firmes em R$ 75,00 por saca de 60 Kg. Assim, a negociação não avança. Com a colheita da 2ª safra de 2025 prevista para ganhar ritmo só a partir da segunda quinzena de junho, a expectativa é de que os preços ganhem tração conforme a demanda se reposiciona.
Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, o mercado também está travado, tanto para o disponível quanto para a 2ª safra de 2025. A indicação para o milho disponível é de R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB. Compradores e vendedores estão retraídos. Para 2ª safra de 2025, as indicações variam entre R$ 47,00 e R$ 49,00 por saca de 60 Kg, para retirada entre julho e agosto e pagamento em até 30 dias. Do lado do vendedor, no entanto, a indicação segue firme acima de R$ 50,00 por saca de 60 Kg.