14/May/2025

Os futuros de milho fecharam em queda nesta terça-feira (13/05) na Bolsa de Chicago, refletindo em parte o rápido progresso do plantio nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os produtores tinham semeado até o dia 11 de maio 62% da área total prevista, ante 47% em igual período do ano passado e 56% na média dos cinco anos anteriores. Na semana, o avanço foi de 22%. A previsão de clima favorável ao plantio no Meio Oeste do país também está pressionando as cotações.

O vencimento julho do grão caiu 5,50 cents (1,23%), e fechou a US$ 4,42 por bushel. A expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos foi outro fator baixista para os preços. O USDA estimou que produtores deverão colher 401,85 milhões de toneladas de milho em 2025/2026, em comparação a 377,63 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025. Analistas esperavam um número menor, de 401,3 milhões de toneladas. Quanto aos estoques domésticos de milho ao fim da temporada 2025/2026, o USDA projetou 45,73 milhões de toneladas, enquanto analistas esperavam 51,92 milhões de toneladas.

Embora o número tenha vindo abaixo do esperado, representa o maior nível desde a temporada 2019/2020. A agência também elevou significativamente sua estimativa para a produção brasileira de milho em 2024/2025, de 126 milhões de toneladas para 130 milhões de toneladas, o que ajudou a pressionar o mercado. As perdas foram limitadas pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.