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06/May/2025

Revisada projeção para 2ª safra de 2025 no Brasil

A consultoria Céleres elevou sua estimativa para a produção da 2ª safra de milho de 2025 no Brasil para 107,2 milhões de toneladas, aumento frente à projeção anterior, de 101,1 milhões de toneladas. O novo volume representa avanço de 6% em relação à safra passada. A área cultivada foi estimada em 18 milhões de hectares, expansão de 4% ou 700 mil hectares ante o ciclo anterior. Com isso, a área total destinada ao milho atinge 23,1 milhões de hectares nesta temporada.

A valorização das cotações do grão desde 2024 incentivou a expansão, mesmo diante do atraso no plantio provocado pela colheita da soja. A combinação entre a elevada capacidade operacional dos produtores e as condições climáticas favoráveis até o fim de abril em importantes regiões produtoras elevou as expectativas de produtividade. Os veranicos registrados em março, que afetaram parte do Paraná, Triângulo Mineiro e leste de Goiás, foram neutralizados por chuvas subsequentes.

O balanço de oferta e demanda indica que, no cenário-base, a produção total de milho no Brasil (somando as três safras) deve alcançar 135,4 milhões de toneladas em 2024/2025. O consumo interno está projetado em 91 milhões de toneladas, sendo 57 milhões para alimentação animal e 21,2 milhões para produção de etanol à base de cereais. A expectativa de exportações é de 47 milhões de toneladas, podendo chegar a 58,4 milhões no cenário mais otimista. Os estoques finais devem se recompor para 15,5 milhões de toneladas, ou 11,2% do consumo interno.

Entre os Estados, Mato Grosso permanece como principal produtor, com safra estimada em 78,6 milhões de toneladas, mais de 3 milhões acima do ciclo anterior. Goiás (52,8 milhões de toneladas) e Santa Catarina (23,9 milhões) vêm na sequência. Do ponto de vista logístico, foi alertado para possíveis gargalos no escoamento no próximo trimestre, diante da safra recorde de soja e dos efeitos da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que podem prolongar a janela de exportação do grão e gerar competição por infraestrutura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.