29/Apr/2025
Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (28/04) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O recuo do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre os contratos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento julho do grão recuou 2,25 cents (0,46%), e fechou a US$ 4,83 por bushel. O rápido avanço do plantio nos Estados Unidos foi outro fator de pressão para as cotações.
Dados publicados na semana passada mostraram que a semeadura estava adiantada em relação ao ano passado e à média dos cinco anos anteriores. Traders aguardavam o relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), para ver se as chuvas que caíram em algumas áreas do Meio Oeste afetaram o ritmo dos trabalhos. Na nova safra, o volume produzido deve alcançar 400 milhões de toneladas pela primeira vez na história dos Estados Unidos. A entrada da safra argentina no mercado de exportação e a boa perspectiva para a 2ª safra de 2025 no Brasil também influenciaram os negócios.
As perdas, no entanto, foram limitadas pela boa demanda pelo grão norte-americano. O USDA informou que 1,65 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 24 de abril, queda de 4,16% ante a semana anterior. Apesar do recuo, o número veio próximo do teto das estimativas de analistas. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos reduziram suas apostas na alta dos preços de milho na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 22 de abril. A posição líquida comprada diminuiu 8,78%, de 145.154 para 132.414 lotes.