24/Apr/2025
Segundo o Itaú BBA, ainda que a expectativa seja de boa produção para o milho 2ª safra de 2025 e de queda dos preços a partir do segundo semestre, a expectativa é de cotações sustentadas até o meio do ano. O banco prevê produção total na temporada de 125 milhões de toneladas, das quais 100 milhões de toneladas do cereal de inverno. O consumo é estimado em 87,7 milhões de toneladas, com 56,8 milhões de toneladas para ração e 21,1 milhões de toneladas para etanol. As exportações estão previstas em 42 milhões de toneladas e os estoques finais em 5,2 milhões de toneladas ante 8,9 milhões de toneladas na safra anterior. Os estoques mais apertados podem limitar as possíveis quedas nos preços.
Na Bolsa de Chicago, as cotações caíram 7% em março, com temores relacionados a tarifas do presidente dos Estados Unidos, mas subiram 4,2% na primeira quinzena de abril, diante da suspensão das tarifas recíprocas e com o mercado voltando a olhar para os fundamentos, como queda nos estoques mundiais da safra 2024/2025 e avanço das exportações norte-americanas, com consequente redução dos estoques dos Estados Unidos. Ainda é possível que haja aumento na área plantada, com possível recuo diante do receio de queda das exportações para a China derrube o preço da soja. De qualquer forma, o potencial para a safra norte-americana de milho é bastante alto, porém, o clima entre maio e agosto será determinante para a produção.
O clima também deve ditar o futuro da 2ª safra de 2025 no Brasil, que depende de chuvas nos próximos 30 dias. Em relação ao mercado interno, o preço do milho em Campinas (SP) ultrapassou a barreira dos R$ 90,00 por saca de 60 Kg por alguns dias, fechando o mês de março em m R$ 88,90 por saca de 60 Kg. Na primeira quinzena de abril, os preços cederam 4% nesta região, para a média de R$ 85,00 por saca de 60 Kg. As chuvas seguiram acontecendo em bons volumes nas áreas de 2ª safra, dissipando aos poucos o receio de problemas com a produtividade, o que trouxe alívio para os preços. As vendas também avançaram, outro fator de ajuste para as cotações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.