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14/Apr/2025

Futuros em alta com demanda por grão dos EUA

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (11/04) na Bolsa de Chicago. O grão é uma das poucas commodities que tiveram uma trajetória altista após o anúncio das tarifas de Donald Trump. Os ganhos têm sido sustentados principalmente pelo fato de o México, maior comprador de milho dos Estados Unidos, ter ficado isento das tarifas mais recentes, e por uma diminuição inesperada na oferta norte-americana. A pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos foi outro fator de suporte para os preços.

O vencimento julho do grão subiu 8,25 cents (1,69%), e fechou a US$ 4,97 por bushel. Na semana passada, avançou 6,37%. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou as reservas de milho no país ao fim de 2024/2025 em 37,21 milhões de toneladas, em comparação a 39,12 milhões de toneladas no mês anterior. Analistas esperavam uma redução menor, para 38,25 milhões de toneladas. O ajuste se deve à forte demanda externa, particularmente do México, que deve importar um recorde de 25 milhões de toneladas de milho nesta temporada.

O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, ajudou a impulsionar os contratos. A alta foi limitada por uma maior expectativa para a produção da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário aumentou sua estimativa de 44,5 milhões de toneladas para 48,5 milhões de toneladas. O ajuste foi motivado por um aumento de 510 mil hectares na estimativa de área plantada, que passou de 7,8 milhões para 8,3 milhões de hectares. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que a colheita de milho alcançou na última semana 23,1% da área total estimada. Na semana passada, o avanço foi de 2,8%.