11/Apr/2025

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira (10/04) na Bolsa de Chicago, com a pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos. O enfraquecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, também deu suporte aos preços. O vencimento maio do grão subiu 9,00 cents (1,90%), e fechou a US$ 4,83 por bushel. Os ganhos também foram sustentados por uma estimativa de estoque nos Estados Unidos que veio abaixo do esperado. Em seu relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou as reservas de milho ao fim de 2024/2025 em 37,22 milhões de toneladas, em comparação a 39,12 milhões de toneladas no mês anterior.

Analistas esperavam uma redução menor, para 38,25 milhões de toneladas. Para o Brasil e a Argentina, o USDA manteve suas previsões de safra em 126 milhões e 50 milhões de toneladas, respectivamente. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção total no Brasil, somados os três ciclos da cultura, em 124,74 milhões de toneladas em 2024/2025, um crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado, ou 7,8%. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos venderam 785,6 mil toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 3 de abril. O volume representa baixa de 33% em relação à semana anterior e ante a média das últimas quatro semanas. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 236,2 mil toneladas.