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09/Apr/2025

Futuros em alta com inundações em áreas dos EUA

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (08/04) na Bolsa de Chicago, com o clima desfavorável em áreas de cultivo dos Estados Unidos. Fortes chuvas e inundações em áreas do Sul e do leste do Meio Oeste do país atrapalham o plantio da safra 2025/2026. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou, em seu primeiro relatório semanal de acompanhamento de safra do ano, que a semeadura de milho estava em 2% até o dia 6 de abril, ante 3% em igual período do ano passado e 2% na média de cinco anos.

O vencimento maio do grão subiu 4,50 cents (0,97%), e fechou a US$ 4,69 por bushel. A expectativa de que Japão e Coreia do Sul optem por negociar com os Estados Unidos para evitar uma escalada da disputa tarifária também deu suporte aos preços. Os países estão entre os principais compradores de milho norte-americano. A decisão dos Estados Unidos de não incluir México e Canadá em seu regime de tarifas recíprocas foi outro fator altista. O México é o principal comprador de milho dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o maior importador de etanol do país. No entanto, com a expectativa de uma área de soja ainda menor nos Estados Unidos devido à disputa com a China, a área de milho pode crescer mais do que se esperava anteriormente.

A área de milho pode ficar ainda maior do que o já planejado, já que a China é menos relevante como compradora nesse caso, e o México, principal cliente, ficou isento das tarifas recíprocas dos Estados Unidos. Os ganhos também foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real e pela queda do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto o recuo do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.