ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Apr/2025

Diferencial de preços entre interior e porto recua

Segundo a Datagro, a diferença média entre o preço do milho em Sorriso (MT) e no Porto de Paranaguá (PR) caiu ao menor nível desde 2021. Esse “diferencial”, que costuma seguir o custo do frete entre as duas regiões, está abaixo do valor médio do transporte desde o fim de 2023. Sorriso é o maior município produtor de milho do Brasil e respondeu por 2,4% da safra nacional em 2023, conforme dados do IBGE. Em 25 de março, o preço no município chegou a R$ 76,00 por saca de 60 Kg, perto do recorde histórico de R$ 78,50 por saca de 60 Kg registrado em 2021, ano em que o País enfrentou forte quebra de safra. Normalmente, o preço do milho no interior do País é mais baixo que nos portos, já que é preciso considerar o custo do transporte até o litoral.

Essa lógica prevaleceu entre o fim de 2021 e 2023. Mas, desde o ano passado, esse padrão vem mudando: a demanda interna está forte, os estoques estão baixos e os preços nas regiões produtoras subiram com mais força do que nos portos. Mesmo com valorizações no Porto de Paranaguá, os aumentos no interior foram mais expressivos. Isso fez com que a diferença entre os preços das duas regiões diminuísse. Além disso, os preços dentro do Brasil são, em muitos casos, mais remuneradores do que os que seriam pagos na exportação, o que reduz o interesse em embarcar o milho para fora do País.

Outro fator é o custo do frete, que segue elevado neste momento da colheita da soja 2024/2025, a maior já registrada no Brasil. Com o sistema logístico pressionado, transportar milho ficou mais caro, mas a diferença entre os preços não acompanhou essa alta. Os preços do milho, principalmente na Região Centro-Oeste, devem continuar em patamares altos até a chegada da 2ª safra de 2025, prevista para junho. A demanda interna deve seguir sustentando as cotações e mantendo a diferença de preços entre interior e porto mais apertada do que nos últimos anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.