07/Apr/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (04/04) na Bolsa de Chicago, apesar da tarifa retaliatória adicional de 34% anunciada pela China contra produtos dos Estados Unidos. Os ganhos podem ter refletido fortes chuvas em parte do Meio Oeste dos Estados Unidos, que devem atrapalhar o início do plantio da safra 2025/2026. Partes de Arkansas, Missouri, Indiana, Illinois, Ohio e Texas estavam sob alto risco de fortes tempestades, com possibilidade de tornados, granizo e inundações. O vencimento maio do grão subiu 2,75 cents (0,60%), e fechou a US$ 4,60 por bushel. Na semana passada, ganhou 1,54%. Atrasos no plantio serão generalizados e, em algumas áreas onde ocorreram inundações isoladas, será necessário replantar.
A decisão dos Estados Unidos de não incluir México e Canadá em seu regime de tarifas recíprocas também deu algum suporte aos preços. O México é o principal comprador de milho dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o maior importador de etanol do país. Segundo o governo norte-americano, produtos mexicanos e canadenses em conformidade com o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) devem seguir isentos de tarifas. Isso está sendo visto como algo positivo para a demanda externa pelo milho dos Estados Unidos. A alta foi limitada pelo fortalecimento do dólar ante o Real e pela queda do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas dos Estados Unidos, enquanto o recuo do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol.