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04/Apr/2025

Etanol de Milho: demanda impulsionando produção

Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o crescimento de 20% da produção de etanol de milho em 2025/2026 deve ser impulsionado pela ampliação da capacidade produtiva de unidades já em operação e pela entrada de novas usinas, além da descentralização do setor para regiões como o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e o Nordeste. Esse crescimento vem de uma tendência dos últimos anos, impulsionada pelo aumento da capacidade de produção de empreendimentos já em operação e pela entrada de novas unidades. Além disso, há um deslocamento da produção, que antes estava mais concentrada na Região Centro-Oeste, para novas regiões. A perspectiva de aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% (E30) também deve impulsionar a demanda.

A mudança pode adicionar entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão de litros ao mercado. Já está previsto em lei um segundo ciclo de aumento da mistura para 35%, o que pode adicionar mais quatro a cinco bilhões de litros ao mercado. Sobre o E30, há sinais concretos de que a medida será implementada em breve. O presidente Lula fez uma declaração forte na semana passada, no Japão, mencionando o aumento da mistura para E30. Além disso, os testes de viabilidade técnica já foram realizados e aprovados pelo Instituto Mauá. Com os recentes posicionamentos do ministro de Minas e Energia, do próprio presidente da República e do ministro Carlos Fávaro, é uma questão de pouco tempo para que isso seja efetivado. A descentralização da produção é outro fator relevante para o setor.

Mato Grosso já representou 100% da produção nacional, mas hoje responde por cerca de 64% do volume. O setor já migrou para Goiás e Mato Grosso do Sul, e agora está em uma segunda onda de investimentos, com projetos no Matopiba, no oeste da Bahia, no Piauí e no Pará. Além do avanço no mercado de combustíveis, há novas aplicações em discussão, como o uso de etanol na aviação. A regulamentação do uso de biocombustíveis no transporte marítimo, em discussão na Organização Marítima Internacional, também pode abrir novas frentes para o setor. Apesar do cenário positivo, a Unem destacou a necessidade de cautela. É preciso analisar cuidadosamente o ambiente de negócios atual, que tem um custo de capital elevado e margens apertadas, para garantir um crescimento sustentável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.