04/Apr/2025
A FS já realizou estudos sísmicos em Sorriso (MT) para avaliar a viabilidade de injeção de carbono na região. O maior desafio é geológico. A companhia, maior produtora de etanol de milho do Brasil, avança com seu projeto de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS). O modelo adotado pela FS é o BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage), que captura carbono da bioenergia. Esse é reconhecido como um método eficaz pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Sobre as críticas ao CCS, inclusive as levantadas pelo TCC (Think Climate Collaborative), iniciativa que reúne organizações e especialistas para avaliar políticas e tecnologias voltadas à redução de emissões de carbono, a empresa minimizou, afirmando que as críticas costumam girar em torno da segurança e da efetividade do CCS para zerar a pegada de carbono. Alguns estudos avaliam o etanol de milho norte-americano, cuja pegada de carbono não é totalmente neutralizada, mas a realidade do Brasil é diferente.
A regulamentação do CCS no País avançou com a Lei de Combustíveis do Futuro, que deu poderes à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em dezembro, a ANP aprovou um sandbox regulatório para projetos-piloto. Isso significa que projetos como os da FSo, junto com a Petrobras, poderão evoluir mesmo sem uma regulamentação finalizada. A FS prevê iniciar a construção do projeto de Lucas do Rio Verde (MT) e começar a injeção de carbono em julho de 2026. Sobre a capacidade de armazenamento em Lucas do Rio Verde, ainda é cedo para definir o modelo, mas os primeiros levantamentos indicam um potencial significativo. No perímetro da sísmica, há capacidade para estocar 12 milhões de toneladas de carbono, o que equivale a 30 anos de estocagem para a planta de Lucas do Rio Verde. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.